Acreditas em VIDA PARA ALÉM DA TERRA?
Ou és daqueles que continuam a achar que estamos SOZINHOS NO UNIVERSO, apesar da imensidão que o nosso olhar não alcança?
Esta REFLEXÃO É PARA TI!
Mundos girando num
carrossel mágico de luzes flamejantes, por caminhos que se cruzam no espaço
insondável. Mundos que deslizam perante o nosso olhar curioso e deslumbrado,
que desliza pelo espaço noturno, esse espaço imenso e imensurável. Por mais que
a ciência humana procure sondar os seus escaninhos, recorrendo a instrumentos
de alta definição, inventados pela ânsia de saber e conhecer, o nosso olhar
continua mal adestrado para o aprofundamento por esse caminhos encobertos pela
imensidão do infinito.
Perante tal vastidão,
que se não vislumbramos, pelo menos antevemos pela inteligência e o raciocínio,
somos forçados a interrogarmo-nos sobre o porquê e a função de toda essa
extensão de mundos que se estendem e giram para além do espaço e do tempo por nós
conhecido.
A Terra, nosso habitat
natural, compreendemos ser um minúsculo grãozinho perdido nessa imensidão
sideral. E, ainda assim, é viveiro de experiências sublimes e enriquecedoras,
sem as quais milhões de Espíritos reencarnados não teriam condições de evoluir,
resgatando débitos, ensaiando provas e apreendendo novas etapas que os conduzem
pelo caminho do progresso. A Terra, planeta abençoado, mas tão pouco amado,
compreendido e protegido pelos seus habitantes, quais alunos mal comportados e
pouco estudiosos, esquecidos das sublimes lições, oferece-nos mil ensejos de
evolução espiritual, se soubermos bem aproveitar as oportunidades de
crescimento oferecidas pelo Pai Amado, Senhor de tudo quanto existe e Pai de
Infinita Bondade, que jamais nos falta, mesmo quando não sabemos perceber a Sua
ajuda e proteção.
No entanto, não
comporta a Terra toda a trajetória evolutiva que nos cumpre percorrer a caminho
da perfeição anunciada pelo Mestre Jesus. Foi Ele mesmo quem nos informou
acerca disso, quando disse que “Há muitas
moradas em casa de Meu Pai”. Porque deveria haver muitas moradas em casa do
Pai, podemos nós, muito legitimamente, perguntar, se a Terra e apenas ela é
habitada e oferece tudo o que há para viver e aprender?
A par da ciência atual,
que em muitas das suas vertentes permanece já em busca de respostas, cada vez
mais convicta da possibilidade lógica de haver vida no espaço para além do que
os nossos instrumentos imperfeitos alcançam, desde o século dezanove, com o
advento do Espiritismo, Consolador prometido por Jesus, são os Espíritos que
nos esclarecem e ajudam a ver a questão com mais clareza. À pergunta de Allan
Kardec, na questão 55, parte V – Pluralidade dos Mundos – do capítulo III,
Criação, do Livro dos Espíritos, “Todos
os globos que circulam no espaço são habitados?”, a resposta é objetiva: “Sim, e o homem está bem longe de ser, como
acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto,
homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem
o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Creem que
Deus criou o Universo somente para eles.” E acrescenta o Codificador “Deus povoou os mundos de seres vivos, e
todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres
vivos sejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo, seria pôr em
dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses
mundos a um fim mais sério do que alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na
posição, no volume ou na constituição física da Terra, pode razoavelmente
levar-nos à suposição de que ela tenha o privilégio de ser habitada, com
exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes.”
E podemos nós ainda
acrescentar: que dizer então de tantos e tantos outros mundos que nem
conseguimos sequer ver? Se nem o fútil objetivo de servir de deleite ao nosso
olhar têm, qual, afinal, a finalidade da sua existência, caso fossemos nós os
únicos e solitários habitantes do espaço?
Somos levados a
questionar a improvável objetividade da crença enraizada em muitas mentes,
apenas justificável pela vaidade e orgulho humano, que tende a descrer do que
possa por em causa a sua supremacia.
Mas, como tudo, a nossa
inteligência tem evoluído ao longo dos séculos e milénios, e, com ela, a nossa
capacidade de inferir, raciocinar e concluir, bem como a ânsia de questionar e
buscar mais além do que os nossos sentidos físicos conseguem provar. Faz parte
do crescimento espiritual. Só duvidando encontrámos a luz. Por isso, o homem de
hoje já não se contenta com explicações pueris e vãs que nos afastam do real
conhecimento e da nossa verdadeira essência que é sermos Seres Espirituais.
Mas então, outras
questões subjacentes nos podem acorrer à mente. Se não somos os únicos, porque
não encontram os cientistas que buscam vida extraterrestre, maiores sinais da
vida existente para além da nossa atmosfera? Se há tantos e tantos outros mundos
semeados pelo Universo, porque não os conseguimos encontrar? Se, como dizem os
Espíritos, nem sequer somos nós os mais adiantados, quer em moral, quer
intelectualmente, a habitar o espaço, porque não entram em contacto connosco
esses seres inteligentes (até com a finalidade de partilhar conhecimentos e valores
morais, ajudando ao nosso crescimento)?
Estas e muitas outras
interrogações são legítimas. Mas é também legítimo que usemos o raciocínio e a
inteligência para discernir o que é bom para nós e o que apenas poderia
constituir mais um entrave à nossa evolução. Consideremos o seguinte:
1) Deus, que tudo prevê e a tudo provê,
sabe muito melhor do que a nossa pequenez permite o que é bom e o que não é
bom, quer para o nosso progresso pessoal, quer para o progresso da Humanidade.
Há um tempo para tudo. Tal como preveniram os espíritos, o conhecimento é-nos
dado de acordo com a capacidade de o absorvermos. Não podemos cair no erro de
querer vencer etapas;
2) A Humanidade progride e avança à
medida do seu trabalho, do estudo, do empenho. Se nos fosse dado tudo de “mão
beijada”, o conhecimento não decorreria do esforço e, por isso, não resultaria
em avanço da capacidade intelectual. Além disso, há que contar com o livre
arbítrio. Enquanto o homem se empenhou em rejeitar toda e qualquer hipótese de
existência fora do âmbito terreno, não empreendeu quaisquer esforços no sentido
de a buscar. Agora que a ciência começa a sua busca nesse campo, certamente que
avanços serão feitos, indubitavelmente sob o amparo espiritual de que o homem
precise e mereça;
3) Que faríamos nós, humanos ainda tão
imperfeitos e “amigos” do litígio, da guerra, do racismo, da descriminação,
imersos na ânsia do poder, se encontrássemos vida inteligente fora da Terra? Se
encontrássemos planetas, habitados ou não, que nos oferecesse recursos mais
elevados dos que temos no nosso mundo terreno? Nós que nem o nosso habitat
respeitamos, que malbaratamos o que o criador colocou ao nosso dispor com tanto
amor e cuidado? Podemos imaginar o que sucederia: depressa empreenderíamos
todos os esforços possíveis e impossíveis para concretizar as nossas piores
ambições de colonização, exploração dos recursos encontrados até à última
possibilidade, escravização pela força de quem por lá viéssemos a encontrar…
Por isso, mais uma vez, tudo terá de vir a seu tempo. Temos talvez ainda muito
que amadurecer, crescer e moralizar-nos, até termos condições e fazer certas
descobertas que ansiamos, pois, se por um lado, não temos o direito de
incomodar e prejudicar na sua caminhada outros seres que povoem o Universo, as
descobertas que viéssemos a fazer, sem condições para entender e bem usar,
seriam um mal muito maior do que um bem;
4) Por último, e não menos importante, o
que procuramos nós, afinal? O que procura a ciência nas suas explorações
extraterrestres? Vida semelhante à nossa? Planetas que ofereçam condições
idênticas às que na Terra foram imprescindíveis para o surgimento e a
manutenção da vida na Terra? Recorremos, mais uma vez para que se faça luz
neste assunto, às considerações que o Livro dos Espíritos nos oferece. Questão
56 do capítulo anteriormente referido: “A
constituição física dos diferentes globos é a mesma?” Resposta: “Não; eles absolutamente não se assemelham.” Questão
57: “A constituição física dos mundos não
sendo a mesma para todos, os seres que o habitam terão organização diferente?” Resposta:
“Sem dúvida, como entre vós os peixes são
feitos para viver na água e os pássaros no ar.” Perante isto, fica a
pergunta: Se encontrarmos vida extraterrestre, teremos facilidade em a
identificar? Ou ficaremos, nas possíveis viagens pelo espaço, convictos de que
nada existe porque os nossos sentidos físicos terrestres nada puderam perceber?
Importa concluir com a
consideração de que, se é verdade que são muitas as moradas na casa do Pai, e
se não estamos sozinhos no Universo, para além da busca incessante pelo
conhecimento que a Humanidade atualmente empreende, é imprescindível que
aprendamos a conhecer, respeitar e cuidar deste grãozinho no Universo, que é a
nossa casa, por enquanto. Quem não cuida da sua casa, como poderá desejar
visitar outras moradas?
Deus jamais nos
abandona. Prova disso é a Doutrina Consoladora que, enviada por Jesus nos vem
esclarecer e incentivar ao progresso constante. Dias virão em que teremos
condições de habitar outros mundos onde a inteligência e a moralidade estão
mais avançadas. E dias, certamente, virão também, em que, mesmo habitando a
Terra, seremos abençoados pela possibilidade de alargar os nossos horizontes
por esse espaço imensurável e infinito que é a Casa do Pai.